Mais uma vez eu estava em lugar onde as pessoas pareciam robôs. Todos andavam, falavam e se vestiam da mesma maneira, enquanto eu estava ali, completamente diferente.
Eu não sabia o que sentir. Não sabia se era pra que eu ficasse mal, me sentindo uma extraterrestre, como eu fazia normalmente, ou se dessa vez eu poderia sorrir de todo mundo, e bater no peito com orgulho por não ser mais uma.
Quando eu era mais jovem, eu costumava querer ser mais diferente que tudo e todos. Andava de jeans e camiseta com os meninos, enquanto as outras garotas colocavam seus saltos e iam fofocar sobre eles. Tentava jogar os games dos garotos e vivia sonhando em lutar alguma coisa, só pra por os caras no chinelo. E mesmo que o mundo inteiro me criticasse e eu não fosse a menina mais linda do colégio, eu era feliz assim, pois eu sempre gostei de ser lembrada antes pelas minhas atitudes do que por qualquer outra coisa, e nesse caso, isso realmente funcionava.
Mas há um porém, naquela época eu tinha amigos daquele tipo molecão, que liga mais pra personalidade que pra aparência, e ainda haviam aqueles que curtiam o mesmo tipo de aparência que eu curto - muito estranha ao normal desse interior -. A medida que eles se mudaram, eu me senti sozinha, senti falta de alguém para se orgulhar comigo por não estar com a mesma saia que todas as meninas da festa, ou pra curtir a galera diferente como a gente, enfim, sem eles eu não tinha a mesma força, e então, tive que descobrir algo que pudesse me ajudar: O amor próprio, na medida certa.
Acontece que agente cresce, e um mundo todo fica diante dos nossos olhos ditando quem você deve ser, te pressionando, te sufocando. E então surgem namorados, mídias, e pessoas más, que se você não tiver amor próprio, não sobrevive.
Ela quer ser a menina dos sonhos do namorado, mas ele sonha diferente: sonha a moça bonita, “gostosa”, tatuada, do olho claro, das opiniões iguais à dele, dos gostos iguais aos dele. Aí ela se sente mal, por não ser assim, e vai mudar numa tentativa boba de fazê-lo feliz. Como diria uma frase que li esses dias no tumblr: “Tão bobinha, tão ingênua. Deu amor e esqueceu-se de que, primeiro, deveria amar a si mesma”.
Se o que você é te faz feliz, seja quem quer ser. Se seu namorado vive elogiando moças diferentes de você, não quer dizer que você não é o tipo de menina dos sonhos dele, e mesmo se não for, o problema não está em você. Não mude por outras pessoas.
A outra moça vive vendo sem querer “moças bonitas” pra todo lado: na TV, na internet, no shopping, na praça. E então, ela fica triste a cada vez que se depara com um corpo bem definido, um olho verde, um cabelo longo e liso.
Quer saber o motivo das aspas no “moças bonitas”? O bonito que se fala, é apenas algo ditado pela mídia ou outra coisa qualquer. Quem foi mesmo que disse que pra ser bonito tem que ser magro, alto, de olhos claros, ou qualquer coisa que seja? E quem disse é importante o bastante pra fazer com que você se sinta assim?
Sendo sincera, as melhores pessoas são diferentes, a importância da aparência acaba onde começa uma conversa, e as pessoas mais marcantes marcam pela atitude.
E por mais que te pressionem para ser o que eles querem, não mude por eles. Não dê importância para as críticas, nem pro que dizem que você está perdendo não sendo o que eles ditam. Não há nada melhor do que ser livre, para ser o que você quer, não deixe essa liberdade se perder, de maneira alguma. Se ame.
Talvez, vocês já estejam cansados de ler coisas sobre esse assunto, mas esse foi um lembrete mas pra mim, que pra qualquer outra pessoa.
Talvez, vocês já estejam cansados de ler coisas sobre esse assunto, mas esse foi um lembrete mas pra mim, que pra qualquer outra pessoa.
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