sábado, 14 de abril de 2012

Só algo sobre saudade.



Minha barriga ronca o dia todo. E quando minha barriga ronca, deve ser a saudade que eu engoli. Engoli e fiquei ali, sorrindo, como se isso não fizesse minha alma uns duzentos quilos mais pesada, fazendo-me descer do meu céu de pensamentos pra essa terra de desconhecidos.

E aí eu tenho que encarar pessoas, sorrisos estranhos e decepções. Sim, decepções, porque sempre que alguém faz algo que me chateia, eu me lembro de fulano, fulano que saberia que não gosto disso e na primeira oportunidade evitaria de fazê-lo. E eu nem posso reclamar, porque afinal, a nova pessoa não teve tempo suficiente para me conhecer e saber disso, como fulano, e eu também nem sabia se a nova pessoa, depois que me conhecesse, iria se importar, ao ponto de não fazer algo para que eu não ficasse chateada.

Decepção também, porque em uma situação ou outra, eu era acostumada com a atitude de alguém, e agora, quando essa situação se repetia, eu meio que criava a expectativa de uma nova pessoa também ter tal atitude, mas, como no caso anterior, a nova pessoa não teve tempo suficiente para me conhecer e saber disso, e eu também não sabia se ela iria se importar, ao ponto de tomar tal atitude.

Minha barriga acabou de roncar de novo. Agora eu acho que a saudade talvez tenha corroído todo o meu interior, me deixando tão leve quanto um balão quando escapa da boca enquanto tentamos enchê-lo, voando para todos os lados, sem direção, razões e nem objetivo. 

Pesada. Leve. Além de tudo, a saudade ainda me deixa confusa.

2 comentários:

  1. Gostei do texto, me identifiquei...

    =/

    De quem eh a autoria??

    AMEI seu blog viuu

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    Respostas
    1. Awn, que bom, fico bem feliz quando alguém se identifica com o que escrevo. O texto é da minha autoria mesmo, flor. E muito obrigada por gostar do blog. <3

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